O texto "Animação Cultural", de Vilém Fusser, aborda a relação homem-objeto e como a sociedade tem reagido perante a sua objetivação. Os objetos, ao longo do desenvolvimento da humanidade, foram sendo criados para suprir as necessidades e, assim, tornar o estar no mundo dos homens uma tarefa mais fácil. Entretanto, a partir do século XIX, com a popularização da ideologia capitalista, o lucro, o consumo e a produção em massa passaram a ocupar o topo das obrigações humanas, iniciando um processo no qual o objeto deixa de ser depende do homem e passa ser a dependência do mesmo.
Ao mesmo tempo, o homem passa por um processo onde ele se torna o objeto, a mercadoria, vendendo sua força de trabalho e suas ideologias. Apesar de acompanharmos desde os primórdios das formações sociais exemplos de que homens-objetos, os quais são subordinados a severas hierarquias, apenas após o "boom tecnológico" podemos observar os objetos substituindo os homens no mercado de trabalho e no campo intelectual. As máquinas controlam o ritmo de trabalho nas empresas, os computadores são responsáveis pelos cálculos e desenhos e, até mesmo, as relações sociais hoje, sofrem interferência das tecnologias, em especial, as virtuais.
Por fim, cabe a nós uma pequena reflexão: será que o homem, graças aos seus caprichos e a necessidade de se sobressair uns aos outros através do consumo, sobreviverá a supremacia dos objetos?
Texto base:
https://docs.google.com/file/d/0B4pZa_LFO8SFdEhDS1dqYlVvS2c/edit
Nenhum comentário:
Postar um comentário