terça-feira, 31 de março de 2015

Conclusões da discussão sobre a Arquitetura Paramétrica

Após uma analise em grupo sobre o tema "Parametrização e Fabricação Digital" surgiu uma dúvida a respeito da utilização dos modelos digitais na arquitetura: as tecnologias emergentes vieram para substituir o trabalho do arquiteto ou para complementar?

Durante todo o debate me essa dúvida correu a mesa de discussões para que, enfim, pudéssemos chegar a conclusão de que a fabricação digital veio para facilitar e agilizar o processo de criação do arquiteto. Em parte, no atual cenário, aquele profissional que não possui domínio sobre os programas básicos de projeção não possui todos os requisitos que o mercado de trabalho, que acompanha o desenvolvimento tecnológico, exige. Entretanto, a parametrização, apesar de ampliar os horizontes dos arquitetos e permitir a troca de informação entre eles, não efetiva o projeto, ou seja, a criação em si dos projetos são responsabilidade do homem principalmente pela sensibilidade que o mesmo possui para entender os conflitos que ocorrem naquele espaço. 

Portanto, reforçamos a ideia de que a arquitetura deve acompanhar e andar junto ao desenvolvimento das tecnologias digitais, em uma forma de flexibilizar e ampliar o trabalho dos profissionais.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Arquitetura Paramétrica

"Como a parametrização e a fabricação digital podem mudar o processo de produção e vivência do espaço?"

O que chamamos hoje de Arquitetura Paramétrica é justamente a implantação de meios digitais mais atualizados e eficientes na produção arquitetônica. Uma vez que se disponibilizou mecanismos capazes de criar parâmetros, estes passaram a ser utilizados na geração de diferentes formas, o que tornou possível um trabalho mais flexível e fácil dos arquitetos, uma vez que as modificações nos projetos assim como a troca de informação entre diferentes profissionais tornaram-se menos complexas de serem realizadas. Finalmente, o arquiteto pode se arriscar nas formas, nos usos e na distribuição do espaço.



Entretanto, se generalizarmos, percebemos que a parametrização transformou o profissional em administrador, gerenciador de seus projetos, ou seja, com meios digitais tão eficientes, capazes de calcular, corrigir, interagir e desenhar, o papel do arquiteto no processo de produção deixou de ser o "grande criador" e passou a ser o de quem organiza o conjunto que será apresentado posteriormente.

Portanto, mesmo que ocorra sistematicamente uma queda na "qualidade" do processo produtivo do arquiteto, o desenvolvimento da arquitetura junto ao desenvolvimento tecnológico permitiu que os horizontes da área da construção se ampliassem e se diversificassem, favorecendo o trabalho da percepção e da ação dentro da arquitetura.

As Performances Urbanas

A palavra performance é utilizada quando há realização de uma determinada ação ou iniciativa. Muito usada no contexto artístico, as performances tem o intuito de expressar ideias e sentimentos, em uma junção de diferentes modalidades artísticas, causando, geralmente, um impacto no público. Como formas de apropriação do espaço urbano, as performances têm tomado proporções cada vez maiores, mobilizando grupos de diferentes regiões, classes sociais e etnias. A seguir, caracterizaremos algumas da mais frequentes mobilizações sociais que ocorrem na atualidade.

Parkour

O Parkour é uma prática corporal baseada nas táticas militares que envolve habilidades como saltar, correr e se suspender sobre diferentes obstáculos urbanos, sejam eles escadarias, parapeitos e inclusive, prédios. É uma prática que vem se popularizando no Brasil nos últimos anos e tem comprovado que diferentes usos do espaço podem trazer melhorias para a saúde da população.

Flaneur

“Flaneur” é um termo francês que significa “aquele que vaga”, o “vagabundo”. A expressão teve seu surgimento logo após as Revoluções Industriais, cujo novo cenário urbano influenciou na mudança da experimentação do que era tempo e espaço. O “flaneur”, portanto, era o sujeito que caminhava tranquilamente pelas ruas da cidade, aproveitando discretamente cada detalhe do local por onde passava sem se importar com o tempo, o "observador da cidade". De certa forma, a crítica feita a essas pessoas justamente pelo termo que as são designadas, ignora a importância social e urbana do “flaneur”, que ele capaz de apreciar as mudanças físicas e o processo de desenvolvimento social do ambiente.

Rolezinho

O rolezinho é um novo conceito usado para os encontros dos jovens, em especial de classe media baixa, em locais de uso público, mas com forte influência, administração ou domínio de uma instituição privada, como shoppings, praças em zonas comerciais e etc. O movimento, organizado através das redes sociais, a partir de 2013 ganhou força, levando milhares de jovens, maioria menos de 18 anos, aos shoppings das capitais brasileiras, causando tumulto e desconforto para os presentes no local devido a um número muito maior de pessoas do que os locais poderiam comportar. O rolezinho, ainda muito discriminado no país graças as acusações de pequenos crimes vincula das aos membros do movimento, apesar de sua desorganização prática, promove um importante diálogo entre os envolvidos e principalmente entre o indivíduo e o espaço que visa ocupar, uma vez que a maioria dos pontos de encontro são espaços segregacionistas.

Flash Mob

“Flash Mob” são aglomerações instantâneas de pessoas que envolvem processos artísticos, como dança, em locais públicos. Hoje em dia, o movimento recebe muito apoio das tecnologias sociais, que são as principais divulgadoras desse modelo de apropriação de diferentes cenários urbanos que promove, através do contato de diferentes grupos, bem estar e uma alternativa a mais de lazer aos envolvidos. O "Flash Mob" tem sido grande precursor de uma mudança no fazer artístico, incluindo todos os tipos de pessoas com suas limitações e conceituando que arte está em todos os lugares e pode ser feita independente do cenário ou do artista 

Teoria da Deriva

A chamada "Teoria da Deriva" é resultado de um estudo psicogeográfico que busca definir as consequências do espaço urbano nas relações pessoais das pessoas, ou seja, o estudo propõe que as pessoas ficam à deriva das condições urbanas e tais condições urbanas, muitas vezes caóticas, terá influência sobre o modo como as pessoas veem e reage ao mundo em sua volta. Por fim, o efeito que as condições urbanas causam nas pessoas junto com toda a malha estrutural do espaço é o que forma o caráter dinâmico das cidades.

quarta-feira, 18 de março de 2015

quinta-feira, 12 de março de 2015

Analise do texto "Animação Cultural"

O texto "Animação Cultural", de Vilém Fusser, aborda a relação homem-objeto e como a sociedade tem reagido perante a sua objetivação. Os objetos, ao longo do desenvolvimento da humanidade, foram sendo criados para suprir as necessidades e, assim, tornar o estar no mundo dos homens uma tarefa mais fácil. Entretanto, a partir do século XIX, com a popularização da ideologia capitalista, o lucro, o consumo e a produção em massa passaram a ocupar o topo das obrigações humanas, iniciando um processo no qual o objeto deixa de ser depende do homem e passa ser a dependência do mesmo. 
Ao mesmo tempo, o homem passa por um processo onde ele se torna o objeto, a mercadoria, vendendo sua força de trabalho e suas ideologias. Apesar de acompanharmos desde os primórdios das formações sociais exemplos de que homens-objetos, os quais são subordinados a severas hierarquias, apenas após o "boom tecnológico" podemos observar os objetos substituindo os homens no mercado de trabalho e no campo intelectual. As máquinas controlam o ritmo de trabalho nas empresas, os computadores são responsáveis pelos cálculos e desenhos e, até mesmo, as relações sociais hoje, sofrem interferência das tecnologias, em especial, as virtuais. 
Por fim, cabe a nós uma pequena reflexão: será que o homem, graças aos seus caprichos e a necessidade de se sobressair uns aos outros através do consumo, sobreviverá a supremacia dos objetos?


Texto base:
 https://docs.google.com/file/d/0B4pZa_LFO8SFdEhDS1dqYlVvS2c/edit